segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sobre a FÉ

Tentarei reproduzir aqui algo que ouvi na aula de sábado e acho que vale a pena compartilhar.

"Um dia eu fui apresentado ao Padre Osvaldo. Pessoa serena, já idosa, morando em uma comunidade indígena de Santa Catarina. Padre Osvaldo havia perdido as duas pernas devido ao diabetes e estava sentado em uma cadeira de rodas de madeira. Vivia em um casebre de pau a pique e ainda estava muito lúcido quando nos conhecemos. Ele me contou da época em que passava o ano peregrinando pela região levando a palavra do Senhor, encomendando a alma dos que se foram, batizando os que chegaram e casando os amasiados.
Como a região era muito grande, ele muitas vezes demorava vários meses para retornar a cada região. Uma dessas comunidades vivia de plantio e da criação de animais. Eram em torno de 400 pessoas que tiravam da terra tudo que precisavam e nem dinheiro utilizavam. Após um ano desde a última visita, Padre Osvaldo se surpreendeu ao chegar na comunidade e encontrar apenas 60 pessoas. Na sua grande maioria velhos, crianças e doentes que impossibilitados de se locomoverem permaneceram na comunidade, enquanto que os demais foram tentar a sorte em outras regiões.
O motivo? A falta de chuva! Fazia muito tempo que não chovia e assim os animais foram morrendo e as plantas secando. Em cada olhar que lhe fitava, Padre Osvaldo só via falta de vida e de fé.
Padre Osvaldo então chamou todos para rezar na pequena capela que ainda permanecia em pé. Combinou com todos que às 18 horas daquele dia eles se encontrariam para rezar com o objetivo de fazer chover. Assim a notícia foi se espalhando e quando deu o horário marcado todos os 60 moradores encontravam-se na igreja. Primeiramente estavam todos tímidos, até mesmo envergonhados.
Após o sino ser badalado seis vezes, uma criança começou a cantar. Um canto simples, bonito que foi pouco a pouco embalando as outras crianças, o Padre Osvaldo e não demorou muito, todos cantavam a uma só voz. Ao canto se somou a dança e assim o tempo foi passando, até que os primeiros pingos de chuva puderam ser ouvidos.
A chuva serviu como combustível do canto e da dança, transformando aquilo em uma verdadeira festa, um espetáculo de celebração da chuva, da vida...
As horas foram passando e alguém percebeu que a chuva estava ficando cada vez mais forte, virando uma enchurrada, que começou a levar embora os poucos animais que ainda restavam, os grãos que ainda estavam armazenados.
Todos se juntaram na porta da igreja e sem saber o que fazer ficaram se olhando com espanto e pensando quanto tempo demoraria para a chuva parar.
Nisso, surgiu uma menina. Pequena, magra, por volta de 10 anos, que veio afastando os adultos e assim conseguiu chegar até a porta. Ela então abriu a sua SOMBRINHA e saiu na chuva para salvar o que ainda restava"

Quantos de nós levamos a nossa "sombrinha" no nosso dia-a-dia?? Seja no trabalho ou nas nossas relações?? Se vamos rezar para chover e se acreditamos de verdade que isso pode acontecer, então é melhor estarmos preparados! Certo?

Isso se chama FÉ!!!

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